Por Vitória de Moraes
Chegamos a sétima publicação sobre os casais que passarão no Sambódromo da Marquês de Sapucaí na Série Ouro no carnaval de 2025. Serão apresentados os primeiros, segundos e possíveis terceiros casais das escolas que compõem o Grupo.
Será publicado os casais pela ordem dos desfiles das escolas da Série Ouro e posteriormente, do Grupo Especial. Lembrando que as mudanças nos dias de desfile e na quantidade de escolas por dia ficou somente no Grupo Especial, a Série Ouro permanece com as mesmas oito escolas por dia de desfile.
A escola de hoje é a Em Cima da Hora, que será a Sétima Escola a desfilar na Sexta Feira de Carnaval, dia 28 de Fevereiro de 2025, na Série Ouro, Grupo de Acesso do carnaval do Rio de Janeiro. Os desfiles da Série Ouro é organizado pela Liga Independente do Grupo A do Rio de Janeiro, a Liga RJ.
A Em Cima da Hora foi fundada em 15 de Novembro de 1959, seu nome tem uma curiosidade, em uma das reuniões realizada pelos fundadores da escola, ao perceber que já era perto da hora que deveria voltar para casa, exclamou para seus companheiros “Estou Em Cima da Hora de voltar para casa” e assim surgiu o nome da escola de Cavalcante. Seu primeiro ano de desfile foi em 1962, falando sobre a Independência do Brasil.
A escola em seus 65 anos de existência, teve seus altos e baixos, tendo seus enredos mais famosos da sua história Os Sertões que desfilou no ano de 1976, foi um enredo adaptado do livro Os Sertões de Euclides da Cunha que falava sobre a Guerra de Canudos que ocorreu entre os anos de 1896 e 1897 no interior da Bahia entre o Exército do Brasil contra a Comunidade Religiosa liderada por Antônio Conselheiro. Apesar de ser considerado um dos maiores sambas do carnaval carioca, devido ao dilúvio que caiu antes e durante o desfile da escola naquele ano, que culminou na destruição das alegrias da escola, Em Cima da Hora foi rebaixada para o segundo grupo.
Outro desfile icônico da escola foi em 1984, 33 - Destino D. Pedro II, que contava sobre a vida e os desafios dos trabalhadores que pegam o trem que sai de Japeri, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro e iria em direção a Central do Brasil. A escola reeditou esses dois icônicos enredos nos anos que retornou na Marquês de Sapucaí, em 2014 e em 2022.
Apesar disso, a escola ficou anos fora do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, de 2016 até 2020, quando foi vice campeã do Grupo Especial da Intendente Magalhães com o enredo ”Malandro - O Rei da Boêmia e o Barão da Ralé", que foi desenvolvido pelos Carnavalescos Lucas Millato e Marcos Antônio Faleiros.
No próximo ano, a escola ira desenvolver o enredo “Ópera dos Terreiros - O Canto do Encanto da Alma Brasileira”, desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Almeida, que é uma celebração da riqueza cultural e espiritual do Brasil.
Passagens
Primeiro Casal – Marlon Flores e Winnie Lopes
Marlon Flores iniciou sua trajetória no carnaval bem cedo, aos apenas quatro anos de idade. Com está idade já estava participando da tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio, que na época funcionava no ginásio que tem na Marquês de Sapucaí no Setor Dois. Durante cinco anos, foi Mestre Sala da escola mirim Mangueira do Amanhã, ligada a Estação Primeira de Mangueira. O Mestre Sala tem passagens por escolas como Império Serrano, Paraíso do Tuiuti, Renascer de Jacarepaguá, São Clemente, União da Ilha do Governador, Unidos da Villa Rica, Unidos do Viradouro e X9 - A Pioneira, do carnaval de Santos.
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Marlon Flores e Winnie Lopes novo casal da Em Cima da Hora| Foto: Divulgação |
Assim como seu Mestre Sala, Winnie Lopes também iniciou sua trajetória no carnaval ainda cedo, com apenas quatro anos de idade na escola Mirim Miúda da Cabuçu, escola ligada a Unidos do Cabuçu, escola da quarta divisão do Carnaval do Rio de Janeiro. A Porta Bandeira tem vasta experiência como Porta Bandeira, tem passagens marcantes na Inocentes de Belford Roxo (2015-2016) e União da Ilha do Governador (2017-2022) como segunda porta bandeira, além de ter passado por escolas como União de Jacarepaguá, Unidos da Ponte, Unidos do Cabuçu e Unidos de Lucas como Primeira Porta Bandeira.
Segundo Casal – Ewerton Anchieta e Alana Couto
Ewerton Anchieta tem vasta experiência no carnaval carioca como Mestre Sala, tendo passagens por escolas como Acadêmicos do Engenho da Rainha, Concentra Imperial, Paraíso do Tuiuti, Sereno de Campo Grande, Vizinha Faladeira, União do Parque Curicica, Unidos de Padre Miguel e Unidos de Vila Kennedy. Além de defender o segundo pavilhão da escola de Cavalcante ao lado de Alana em 2025, também irão defender o primeiro pavilhão da Unidos de Lucas, escola da Série Prata do Carnaval carioca.
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Ewerton Anchieta e Alana Couto, novo Segundo casal da Em Cima da Hora| Foto: Nobres Casais |
Alana Couto também é experiente no carnaval carioca como Porta Bandeira, tendo passagens por escolas como Acadêmicos da Diversidade, Acadêmicos do Cubango, Arame de Ricardo, Unidos do Viradouro e Unidos do Porto da Pedra. Alana vai para seu terceiro ano defendendo o Primeiro pavilhão da Unidos de Lucas e segundo ano defendendo o segundo pavilhão da Em Cima da Hora.
Terceiro Casal – Pedro Lucas e Clarice Nascimento
Pedro Lucas iniciou sua trajetória ainda cedo no mundo do samba, tendo passagens como Mestre Sala nas escolas Infantes do Lins, escola mirim ligada a Lins Imperial, Acadêmicos da Praia, Arrastão de Cascadura e no último carnaval foi segundo Mestre Sala do Acadêmicos do Engenho da Rainha, escola da série Prata do Carnaval do Rio de Janeiro. Além disso, também participa da ala de casais de Mestre Sala e Porta Bandeira do Acadêmicos do Grande Rio. Será a estreia do Mestre Sala na Marquês de Sapucaí. No próximo ano o Mestre Sala além de defender o Terceiro Pavilhão da Em Cima da Hora, irá defender o primeiro pavilhão da Renascer de Vaz Lobo.
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Pedro Luccas e Clarice Nascimento| Foto: Nobres Casais |
Clarice Nascimento é bisneta da lendária Porta Bandeira Vilma Nascimento e aprendeu desde muito cedo a nobre arte de Porta Bandeira. Com apenas 10 anos, surpreendeu a família ao começar a dançar, quando após ingressar no Filhos da Águia em 2019 como musa e depois de não gostar do posto, ingressou no famoso projeto de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta a Estandarte Madureira Toca, Canta e Dança fundado por Waldir Galo e Estelita em 2019 e sua primeira experiência como Porta Bandeira foi na escola Nova Geração do Estácio, ligada a Estácio de Sá em 2019. Clarice tem passagem por escolas como Infantes do Lins além do ano de 2024 ter sido a Primeira Porta Bandeira do Acadêmicos do Peixe e estar há 4 anos como Primeira Porta Bandeira do bloco carnavalesco paulista Doentes da Sapucaí. No próximo ano será o segundo ano da Porta Bandeira na Em Cima da Hora e primeiro vez que dançará com Pedro Lucas.
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