Série Casais 2025 | Unidos de Bangu

Por Vitória de Moraes 

Chegamos a décima segunda publicação sobre os casais que passarão no Sambódromo da Marquês de Sapucaí na Série Ouro no carnaval de 2025. Serão apresentados os primeiros, segundos e possíveis terceiros casais das escolas que compõem o Grupo.

Será publicado os casais pela ordem dos desfiles das escolas da Série Ouro e posteriormente, do Grupo Especial. Lembrando que as mudanças nos dias de desfile e na quantidade de escolas por dia ficou somente no Grupo Especial, a Série Ouro permanece com as mesmas oito escolas por dia de desfile.

A escola de hoje é a Unidos de Bangu, que será a Quarta Escola a desfilar na Sábado de Carnaval, dia 1 de Março de 2025, na Série Ouro, Grupo de Acesso do carnaval do Rio de Janeiro. Os desfiles da Série Ouro é organizado pela Liga Independente do Grupo A do Rio de Janeiro, a Liga RJ.

A Unidos de Bangu foi fundada em 15 de Novembro de 1937, sendo uma das mais antigas escolas da Zona Oeste e do carnaval carioca. A história da agremiação nasce assim como as dos locais Bangu Atlético Clube e Cassino Bangu, fundada por operários antiga Fabrica de Tecidos Bangu, importante indústria que funcionou entre 1889 até o ano de 2004.

Ao longo dos anos, a escola viveu altos e baixos, sua melhor colocação da sua história foi um oitavo lugar no Grupo Especial nos anos de 1959 e 1960. Entre os anos de 1999 até 2012, uma das escolas mais tradicionais do carnaval ficou inativa.

Em seu retorno, no ano de 2013, a escola de Bangu obteve um vice campeonato na série C, com o enredo "Nas Lembranças da Infância, Um Carnaval de Esperança" desenvolvido pelos carnavalescos Luciano Santos e Ricardo Paulino e foi promovida ao grupo B.

Na chegada da escola no Grupo B em 2014, a escola foi pra avenida com o enredo "Eternamente Bangu", uma homenagem ao Bairro de Bangu desenvolvido pelo carnavalesco Ney Júnior e foi campeã do grupo naquele ano. 

Em sua reestreia na Marquês de Sapucaí em 2015, a Unidos de Bangu foi pra avenida com o enredo Impérium, desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Almeida que falava sobre importantes impérios ao longo da humanidade. A escola terminou em 14º lugar e retornou ao grupo B.

Após dois anos na Série B, em 2018, a escola retorna à Série Ouro com o enredo "A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil", desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho, que mostrava que todo negro trazido ao Brasil de forma escravizada tinha uma história na sua terra natal.


No próximo ano, a Unidos de Bangu irá levar na avenida o enredo "Maraka'Anandê - Resistência Ancestral" que será desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Rangel e Raphael Torres, uma homenagem a aldeia indígena que fica localizada no antigo Museu do índio ao lado do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã que desde 2006 várias etnias de povos originários resistem nesta aldeia. 


Passagens
Primeiro Casal – Leonardo Moreira e Barbara Mylena 
Leonardo iniciou sua trajetória no carnaval ainda na infância quando ingressou na Aprendizes do Salgueiro, escola mirim no qual é vinculada a escola Acadêmicos do Salgueiro. Na própria escola mirim, o Mestre Sala deu seus primeiros passos como Mestre Sala e não parou mais, até que no ano de 2020, foi promovida pela escola mãe para ser Terceiro Mestre Sala, posto qual permaneceu até 2023, quando houve uma nova promoção para ser Segundo mestre sala da Vermelha e Branca do Andaraí. Leonardo tem passagens por escolas como Acadêmicos do Salgueiro e Lins Imperial.


Leonardo Moreira e Barbara Mylena Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Unidos de Bangu | Foto: Arquivo Pessoal

Barbara é mais uma das Porta Bandeiras oriunda da tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio, onde deu seus primeiros passos quando ainda era um bebe com apenas três anos de idade. Assim como Leonardo, a Porta Bandeira teve o Aprendizes do Salgueiro como sua primeira experiência no carnaval, com apenas 8 anos de idade, onde saiu apenas aos 18 anos, ao atingir a idade máxima dos desfiles mirins em 2022. Para 2024, recebeu o convite até então de ser Terceira Porta Bandeira do Acadêmicos do Salgueiro, porém no mesmo ano do convite, foi promovida a ser Segunda Porta Bandeira no que acabou fazendo par com Leonardo. A Porta Bandeira tem passagens por escolas como Acadêmicos do Vigário Geral, Flor da Mina do Andaraí e Mocidade Unida da Cidade de Deus. 

No próximo ano será a estreia do casal defendendo o Primeiro Pavilhão da Unidos de Bangu e o segundo como Segundo Casal do Acadêmicos do Salgueiro.

Segundo Casal – Alessandro Silva e Cris Soares

Alessandro deu seus primeiros passos no carnaval ainda pequeno, quando ingressou na escola mirim Estrelinha da Mocidade, como passista mirim aos oito anos de idade. Aos treze anos de idade passou a se apresentar como passista na escola mãe, Mocidade Independente de Padre Miguel, onde abriu uma visão de sobre a arte do Mestre Sala. Como Mestre Sala teve passagens por escolas como Império do Futuro, Portela, União do Parque Acari e União de Jacarepaguá. O Mestre Sala no próximo ano estreará como Primeiro Mestre Sala no Sereno de Campo Grande e será o terceiro ano defendendo o Terceiro Pavilhão da Unidos de Bangu.

Alessandro e Cris num ensaio de rua da Unidos de Bangu | Foto: Divulgação

Cris é experiente no carnaval carioca, defendendo pavilhões há mais de dez anos, além de integrar o grupo Nobres Casais, que visa valorizar a arte dos casais de Mestre Sala e Porta Bandeira. Tem passagens por escolas como Acadêmicos de Vigário Geral, Acadêmicos do Jardim Bangu, Difícil é o Nome, Em Cima da Hora, Rosa de Ouro e Unidos de Manguinhos.

Será o segundo ano que Alessandro e Cris defendem o Segundo Pavilhão da Unidos de Bangu.

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