Série Casais 2025 | Imperatriz Leopoldinense

Por Vitória de Moraes 

Dando continuidade aos casais do Grupo Especial que passarão na Marquês de Sapucaí no carnaval de 2025. 

Houve alteração na quantidade de dia de desfiles do Grupo Especial, no ano da fundação do Sambódromo em 1985 até o ano de 2024, os dias de desfiles eram divididos em dois dias, sendo tradicionalmente Domingo e Segunda Feira, sendo seis escolas por dia. A partir de 2025, os desfiles foram divididos em três dias, sendo Domingo, Segunda e Terça Feira com quatro escolas por noite.

A escola de hoje é a Imperatriz Leopoldinense, que será a Segunda escola a desfilar na domingo de Carnaval, dia 2 de Março de 2025, no Grupo Especial do carnaval carioca. Os desfiles do Grupo Especial é organizado pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a LIESA | Rio Carnaval. 

A Imperatriz Leopoldinense foi fundada em 6 de março de 1959, pelo farmacêutico Amauri Jório junto com uns sambistas da famosa Zona da Leopoldina que eram remanescentes da antiga escola da região e que foi extinta, a Recreio de Ramos.

Tem uma das discografias mais famosas do carnaval, como a de 1981 e 2020 – O teu Cabelo não Nega / Só da Lalá, desenvolvido pelo carnavalesco Arlindo Rodrigues em 1981 e por Leandro Vieira em 2020, que foi uma homenagem a Lamartine Babo e sua obra. 

Em 1989, a escola de Ramos veio com o Enredo Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós! desenvolvido pelo carnavalesco Max Lopes que fazia uma homenagem aos 100 anos da Proclamação da República, fazendo menção à Abolição da Escravatura e a assinatura da Lei Áurea realizada pela Princesa Isabel.

A escola foi a primeira tri campeã da Era Sambódromo, nos anos de 1999, 2000 e 2001.

No carnaval de 2023, a escola veio com o enredo “O Aperreio do Cabra Que o Excomungado Tratou com Má-querença e o Santíssimo Não Deu Guarida”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira que foi inspirado em cordéis que contavam histórias de como Lampião, famoso cangaceiro do sertão do nordeste brasileiro, chegou ao céu e foi expulso pelos santos que habitam e ao inferno e foi expulso pelo Diabo. Depois de 22 anos de Jejum, a escola foi campeã novamente do Grupo Especial.

Em 2024, dando continuidade ao trabalho de Leandro Vieira, a escola veio com o enredo “Com a Sorte Virada Pra Lua Segundo o Testamento da Cigana Esmeralda”, a escola falou de um cordel escrito pelo poeta Paraibano Leandro Gomes de Barros que era um cordel ficcional com ensinamentos da Cigana para os leitores terem sorte. A escola foi vice campeã do carnaval. 

Para o carnaval de 2025, a Imperatriz Leopoldinense irá vir com o Enredo “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira que contará a ida de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô.

Passagens

Primeiro Casal – Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro

Phelipe é um dos mais experientes Mestres Salas do carnaval carioca. O Mestre Sala iniciou sua trajetória no carnaval no Acadêmicos do Cubango, na escola estreou como Mestre Sala mirim. Teve passagens por isso escolas como Alegria da Zona Sul, Golfinhos da Guanabara, União da Ilha do Governador, Unidos da Tijuca, Unidos de Vila Isabel e Unidos do Porto da Pedra. Sua primeira passagem foi no ano de 2011 onde permaneceu até 2015 e sua parceira foi a atual Porta Bandeira, Rafaela Theodoro. Retornou a parceria com Rafaela no carnaval de 2023 e juntos ganharam seu primeiro título da carreira no Grupo Especial.

Phelipe e Rafaela no desfile da Imperatriz em 2024 | Foto: JM Arruda

Rafaela deu seus primeiros passos no carnaval através de sua avó, dona Luiza, que também era Porta Bandeira. Sua avó à levava na tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio para aprender as técnicas de Porta Bandeira, embora resistente no inicio, acabou se interessando pela arte e não parou mais. Teve uma passagem pela Unidos de Vila Isabel como Segunda Porta Bandeira e depois de dois anos na escola de Noel, assumiu o primeiro pavilhão da Imperatriz Leopoldinense em 2011 onde permanece até hoje.

Segundo Casal – Marcos Ferreira e Alcione Carvalho

Marcos iniciou sua trajetória no carnaval no Estácio de Sá como passista mirim com apenas 8 anos e foi na própria escola do São Carlos que teve sua primeira experiência como Mestre Sala, com apenas 13 anos. Teve uma longa passagem como Segundo Mestre Sala do Estácio, onde permaneceu de 2017 até 2022 e também uma passagem pela Beija Flor de Nilópolis, onde dançou por 5 anos. Está na Imperatriz Leopoldinense desde 2022.

Marcos e Alcione segundo casal da Imperatriz | Foto: Divulgação

Alcione iniciou sua trajetória no carnaval na escola Flor da Mina do Andaraí e teve uma breve passagem em 2022 pelo Acadêmicos do Salgueiro, no qual exerceu a função de Segunda Porta Bandeira. Marcou história no Estácio de Sá, onde foi por quinze anos Primeira Porta Bandeira da escola. Chegou na Imperatriz para o carnaval de 2024 e no próximo ano fará seu segundo ano como Segunda Porta Bandeira da escola de Ramos.

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